Cerveja pode diminuir o tamanho do seu cérebro, diz pesquisa; saiba os detalhes

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Pesquisadores norte-americanos, da Universidade da Pensilvânia, descobriram que o consumo diário de álcool, mesmo em pequenas quantidades, pode afetar a estrutura e o tamanho do cérebro.

Por exemplo, beber uma cerveja todos os dias pode acelerar o processo de envelhecimento do cérebro, segundo dados do estudo com quase 37 mil pessoas, entre 40 e 69 anos. Publicado na revista científica Nature Communications, na última sexta-feira (4/3), as informações do estudo foram obtidas através do Biobank, do Reino Unido.

Os pesquisadores compararam exames de ressonância magnética dos participantes com informações sobre seus hábitos de ingestão de álcool. Para se ter uma ideia, os cientistas definiram a unidade de álcool da seguinte forma: uma lata de cerveja ou uma taça de vinho equivale a duas unidades; uma dose única de destilados equivale a uma unidade.

HÁBITOS

Os participantes informaram o número de “unidades de bebida” consumidas por semana – para os bebedores frequentes – ou unidades por mês – no caso de bebedores menos frequentes. As bebidas foram separadas por categorias, incluindo vinho tinto, vinho branco/champanhe, cerveja/cidra, por exemplo.

Quem bebia uma ou duas unidades por dia, por exemplo, já tinha alterações na macro e microestrutura do cérebro. Quem bebia três unidades diárias teve uma redução na massa branca e cinzenta que pareceu que seu cérebro era 3,5 anos mais velho. Beber quatro unidades de álcool por dia envelheceu o cérebro de uma pessoa em mais de 10 anos.

Com as imagens, os cientistas puderam comparar o volume de massa cinzenta e branca no cérebro dos participantes com os de pessoas que não bebiam. A massa cinzenta é a parte principal do cérebro, onde as informações são processadas, e a massa branca atua mantendo linhas de comunicação.

O consumo de álcool foi associado a reduções no volume geral do cérebro. “Fica pior quanto mais você bebe. Há evidências de que o efeito da bebida no cérebro é exponencial”, disse o autor principal do estudo, Remi Daviet, em um comunicado.

“Ter este conjunto de dados é como ter um microscópio ou um telescópio com uma lente mais poderosa. Você obtém uma resolução melhor e começa a ver padrões e associações que não conseguia antes”, disse o principal autor do estudo, o neurocientista Gideon Nave.

adm

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