O ex-juiz e ex-ministro Sergio Moro (Podemos) defendeu a união dos candidatos a presidente da República que compõem a chamada terceira via, para evitar o que chamou de extremos, numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e ao presidente Jair Bolsonaro (PL), que lideram as pesquisas de intenção de voto.
Por outro lado, Moro avaliou não ver sentido em abdicar de sua pré-candidatura, uma vez que é o terceiro mais lembrado nos levantamentos feitos pelos institutos de pesquisa.
“A gente precisa realmente se unir. Acho que isso é urgente. Eu faria isso [retirar a candidatura para unificar a terceira via] de bom grado. Agora, o que a gente está vendo nas pesquisas, a minha pré-candidatura, eu estou em terceiro lugar desde que me coloquei nessa posição de pré-candidato. Então não faz sentido eu abdicar de minha pré-candidatura, se ela é a com maior potencial para vencer esses extremos. Mas a gente tem que falar com bastante humildade. Mas a gente precisa realmente buscar essa união entre todos os pré-candidatos desse centro democrático. Se não, vamos cair nas garras dos extremos, e acho que não temos tempo a perder”, disse Moro em evento promovido pelo banco BTG Pactual.
O governador João Doria participou do mesmo evento e afirmou que pode “mais adiante” abrir mão de sua candidatura em nome da viabilidade de uma terceira via. Ele disse acreditar que a sua pré-candidatura, a de Moro e a de Tebet formam um “centro democrático” e que as três devem convergir para um único nome no futuro.