Após a paralisação na manhã desta quinta-feira (20), as chances de os rodoviários promoverem uma greve geral dependem da prefeitura. A avaliação foi feita ao bahia.ba pelo presidente do Sindicato dos Rodoviários, Hélio Ferreira. De acordo com o dirigente, o Executivo “é parte do problema”, se referindo ao não pagamento das parcelas trabalhistas a funcionários da antiga CSN.
Mais cedo, em entrevista à TV Bahia, o prefeito Bruno Reis afirmou que nada havia a ser feito pela prefeitura, que intermediou o acordo entre CSN e os trabalhadores. Para Hélio Ferreira, que é vereador pelo PCdoB, o prefeito tem responsabilidade pelo fato de o município ter promovido a intervenção na CSN, decretado a caducidade da concessão e contratado trabalhadores pelo Reda, no período em que o Executivo geriu a empresa.
“Eu faço um apelo para que o prefeito volte a ter o interesse que apresentou no início. Depois que o acordo foi homologado, ele desacelerou”, criticou o sindicalista. Neste acerto, a prefeitura admitiu um débito com a CSN, cujos valores foram destinados aos ex-trabalhadores. Parte do pagamento foi feita em terrenos, ainda não vendidos.
Hélio Ferreira avalia que a prefeitura pode ajudar na venda destes bens e também abrindo mais linhas de ônibus, o que facilitaria a absorção dos profissioanis. O sindicato ressalta que Salvador já teve 2,4 mil ônibus rodando e atualmente conta com 1,7 mil.
“É uma questão de necessidade. Os ônibus vivem cheio e nao atendem à população”, completou Ferreira, para quem os antigos Reda “vivem em situação de calamidade”. Isto porque estão sem trabalhar, não receberam seus direitos e, por terem sido contratados pelo Regime Especial de Direito Administrativo, não têm direito a seguro desemprego.