Militante histórico do PCdoB, o ex-vereador de São Paulo Vital Nolasco morreu nesta quarta-feira (19), aos 75 anos. De acordo com nota publicada pelo partido, o político estava internado na UTI do Hospital Samaritano, na capital paulista, onde tratava uma fibrose pulmonar crônica, mas não resistiu às complicações da doença.
“Venho informar com muita tristeza, infelizmente, a morte do Vital no dia de hoje”, comunicou seu filho, Daniel Nolasco. “Ele lutou bravamente pela vida durante esses 14 dias em que ficou internado. Foi acometido por uma fibrose pulmonar ou de origem idiopática ou oriunda de refluxo gástrico, de forma rápida. Nós, da família, agradecemos a todos os companheiros e companheiras pelos pensamentos positivos e manifestações de força, nesta hora difícil”, acrescentou.
Vital Nolasco nasceu em Belo Horizonte, Minas Gerais, em 16 de dezembro de 1946. Sua trajetória política iniciou na adolescência, quando integrou a Juventude Operária Católica (JOC) e enfrentou a ditadura militar. Em seguida ele foi para a Ação Popular (AP). No ano de 1968 ele foi uma das lideranças na greve dos metalúrgicos de Contagem (MG). Perseguido, ele fugiu para São Paulo. Em 1972 ele se filiou ao PCdoB, partido pelo qual se elegeu vereador por duas vezes.
NOTAS DE PESAR
Correligionários lamentaram a morte de Vital Nolasco nas redes sociais. “O PCdoB perdeu hoje uma das suas principais lideranças históricas, grande brasileiro, inspiração para quem defende a classe trabalhadora. Vital Nolasco dedicou sua vida à luta por justiça. Um camarada que marcou sua trajetória e sempre estará em nossas memórias. Vital, presente!”, escreveu a deputada baiana Alice Portugal.
“O PCdoB se despede hoje de Vital Nolasco, mas seu exemplo e sua determinação na luta pelos trabalhadores e pelo Brasil permanecerão conosco. Vital, presente! Hoje e sempre”, comentou a parlamentar carioca Jandira Feghali.
“Triste com a perda de Vital Nolasco. Vital foi militante a vida inteira. Lutou na resistência à ditadura militar, participou do sindicato dos metalúrgicos de São Paulo, foi vereador paulistano e membro do Comitê Central do PCdoB. Homenagear sua memória é lutar pelo socialismo!”, escreveu o ex-ministro Orlando Silva.