Base se aproxima de consenso e aumenta chances de João Leão se lançar ao Senado, aponta dirigente do PP

POLÍTICA REGIÃO METROPOLITANA

Após o ultimato dado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a base governista na Bahia caminha para resolver o impasse que, até o momento, põe o senador Jaques Wagner (PT) e o vice-governador João Leão como pré-candidatos ao Palácio de Ondina. Após diálogos entre as duas partes, a tendência é que Leão concorra ao Senado.

A possibilidade foi confirmada ao Aratu On pelo secretário-geral do PP, Jabes Ribeiro, que adotou tom de conciliação. “Temos conversado muito e posso garantir que as coisas caminham bem”, disse à reportagem.

Segundo o dirigente progressista, o partido preza pela união da base e, por isto, não consideraria justa a imposição do nome de Leão ao Governo, embora ele aponte que a legenda não abre mão de lança-lo a uma vaga na majoritária.

“Nós estamos na base aliada há 13 anos. Esse ano completamos 14. Na primeira, em 2010, nosso nome na chapa foi o de Otto como vice. Em 2014 e 2018, Leão foi nosso nome na chapa. Em 2022, o nome eu o partido na chapa é Leão. Se não pode ser mais vice por conta da legislação, ele só pode ser candidato a governador ou a senador, disse.

Ele ainda enalteceu a articulação política feita por Wagner. “Nós temos uma convicção: confiamos na articulação de Wagner. Ele sempre foi um bom articulador e uma pessoa que tem uma visão estratégica importante. Ele que nos convidou em 2008 para participar do Governo”, elogiou.

Apesar da articulação, ele diz que, até o momento, o desejo do PP é ter Leão como candidato, mas que isto não tem caráter definitivo. “Desde o início a decisão da Executiva foi colocar Leão como governador dentro da chapa, mas não somos donos do caminho. Não se trata de uma imposição, mas de uma discussão natural e democrática”, pontuou. “Mais que isso, queremos preservar a união da base aliada. Nós jogamos assim sempre”, acrescentou.

Ele ainda disse que não há discussões para lançar algum nome como vice de Wagner. “Nós não queremos avançar numa seara que não é nossa. Cada partido faz sua discussão. Temos um problema legal que é de ter apenas dois espaços para Leão: Governo ou Senado”, afirmou.

“O que tenho ouvido é que o senador Wagner pretende fechar essa discussão até o final desse mês de janeiro. O PP não tem pressa, até porque temos clareza do que queremos”, concluiu.

Na última quarta-feira (12/1), o senador Otto Alencar (PSD) manifestou preocupação com um possível desgaste dentro da base, capitaneada pelo tripé PT-PP-PSD. Ele ainda opinou que as definições devem ser divulgadas até março, apesar do indicativo dado por Ribeiro de que o martelo pode ser batido ainda neste mês.

adm

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