O jogador Ramon Ramos Lima, do Flamengo, que atropelou e matou o entregador Jonatas Davi dos Santos, que trabalhava de bicicleta, no último dia 04 de dezembro, foi indiciado pela Polícia Civil do Rio de Janeiro por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O inquérito foi enviado ao Ministério Público estadual.
A Polícia Civil concluiu que houve dois motivos para o atropelamento: A imprudência de Ramon, que dirigia o veículo acima da velocidade máxima permitida, entre 20% e 50% maior que os 70 Km/h da avenida e a imprudência de Jonatas, ao cruzar as faixas de rolamento, já que a Avenida das Américas é uma via muito movimentada, mesmo em sua pista lateral que possui velocidade máxima permitida de 70 km/h.
No trecho do relatório que aponta e “imprudência” do ciclista, a polícia afirma que “nas vias urbanas e nas rurais de pista dupla, a circulação de bicicletas deverá ocorrer, quando não houver ciclovia, ciclofaixa, ou acostamento, ou quando não for possível a utilização destes, nos bordos da pista de rolamento, no mesmo sentido de circulação regulamentado para a via, com preferência sobre os veículos automotores”.
A Polícia Civil ainda ressaltou que “apesar do local não ser dotado de uma ciclofaixa, o ciclista não poderia ter se afastado dos bordos da pista, iniciando uma manobra que culminou em sua morte”.
Caso
Na noite do dia 4 de dezembro, o carro de Ramon bateu em um ciclista. O acidente aconteceu próximo à estação Interlagos, do BRT.
Pouco antes do acidente, o jogador foi multado por trafegar entre 20% e 50% acima da velocidade máxima permitida para a via que é de 70 km/h. O equipamento de radar instalado no local mediu uma velocidade de 110 km/h, sendo considerada a velocidade de 102 km/h. Entretanto, o carro não avançou o semáforo, pois somente passou por ele 14 segundos após a sua abertura.
Imagens de câmeras de segurança mostram que após a colisão, Ramon desceu do carro e foi correndo até a vítima, confirmando o que ele havia dito em seu depoimento à polícia.