Sindicato discute com Uber e MP melhorias para motoristas por aplicativo

REGIÃO METROPOLITANA

Para discutir os impactos da alta da gasolina para os motoristas por aplicativo, a segurança para os trabalhadores através de um cadastro mais exigente para os usuários, além de garantir que os destinos das corridas sejam acessíveis na ferramenta, o Sindicato dos Motoristas por Aplicativo e Condutores de Cooperativas do Estado da Bahia (Simactter-BA) se reunirá nesta terça-feira (9) com a empresa Uber e o Ministério Público da Bahia (MP-BA).

De acordo com o vereador e presidente do Simactter-BA, Átila do Congo (Patriota), os dados monitorados pela categoria “são preocupantes”, pois, segundo ele, pelo menos, três mil motoristas já precisaram devolver o veículo a locadoras sem ter como conciliar com os custos de aluguel e de manutenção dos carros.

Átila do Congo lamenta que a alternativa para o desemprego esteja sendo afetada em grande escala e não há uma contrapartida por parte das empresas para apoiar os profissionais autônomos.

“Nos últimos cinco anos só houve um aumento, que nem sei se pode ser chamado de lucro, na casa dos R $0,50. É impossível trabalhar dessa forma, você oferta serviço, então deve se reinventar e acompanhar o mercado para criar condições dignas, hoje a gasolina está alta, então, nada mais justo que uma paridade nos valores”.

Os projetos em tramitação e aprovados na Câmara Municipal da Salvador (CMS) serão levados para a reunião, no intuito de sensibilizar a empresa e pressionar para mudanças efetivas. “A presença do Ministério Público vai reforçar a necessidade de defesa da categoria para criar um olhar mais atento às necessidades que esses trabalhadores estão sofrendo sem ter, ao menos, o básico”, pontuou Átila.

Alternativas
O projeto para criação de um aplicativo municipal para motoristas autônomos de Salvador foi protocolado e segue em tramitação na Câmara de Vereadores. Autor da proposta, Átila explica que a ferramenta tem a proposta de reduzir as taxas impostas por empresas privadas aos trabalhadores, no intuito de trazer uma opção mais rentável ao mercado, com a cobrança apenas do Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) no valor das corridas.

Ainda de acordo com o vereador, a proposta de indicação “tem aval” do prefeito Bruno Reis (DEM) após conversas para realizar os ajustes necessários e irá para votação em plenário.

adm

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