A empresária Margarete Soares, de 56 anos, foi adotada quando tinha dois anos e reencontrou os irmãos, depois de mais de 50 anos, após fazer um cadastro para trocar o carro e localizar sem querer um nome que poderia ser de um deles. Ela mora em Praia Grande, no litoral de São Paulo, e conta que a família adotiva sempre lhe ofereceu muito amor e oportunidades, mas que foi muito importante reencontrar os parentes.
A empresária conta que sempre soube que foi adotada e que foi criada com muito amor pelos pais e irmão adotivos. “Eles sempre serão a minha família, nunca me faltou nada, me deram oportunidades, foram pessoas maravilhosas e conquistei tudo o que tenho hoje graças a eles. Eu tenho muita adoração por todos, fui a criança e a pessoa mais feliz do mundo ao lado deles”, destaca a empresária ao se referir à família adotiva.
Pais adotivos de Margareth com a primogênita dela — Foto: Arquivo pessoal
A família adotou Margarete e entrou na Justiça, garantindo a adoção judicialmente. Neste ano, ao fazer o cadastro em uma instituição bancária para trocar de carro, Margarete conta que na hora apareceu para ela confirmar o nome de um parente chamado José Roberto Soares Aparecido.
“Na hora pediu para eu confirmar o nome de um parente. Até aí eu não sabia que tinha irmãos, só sabia que a Maria [mãe biológica dela] havia falecido. Mas vi que o José tinha um sobrenome igual o meu, então pensei na possibilidade dele ser meu irmão e fui procurar nas redes sociais quem seria ele, quando achei o perfil dele e vi a foto, percebi que éramos muito parecidos”, afirma.
Por meio de um outro rapaz, chamado Moacir, de São Paulo, que parecia ser amigo de José, ela conseguiu confirmar que o homem realmente era seu irmão e que todas as outras irmãs procuravam por ela para revê-la.
“Eu ainda descobri que esse rapaz que chamei também é meu meio-irmão, por parte da minha mãe. Dos meus outros irmãos filhos do meu pai e da minha mãe, uma das minhas irmãs, a Ana, também foi adotada e permaneceu com a família adotiva. As outras duas meninas, minha família conseguiu recuperar depois de meu pai ter doado, e foram criadas com a Maria. O Zé Roberto era o único que não tinha sido doado”, conta.