Jairo Ernandes Gonçalvez Matos Júnior foi condenado na quarta-feira (6/10), a 19 anos e três meses de reclusão pelo feminicídio de Isabel Cristina Bramont Morais. Ela, que tinha 35 anos, foi morta em 22 de junho de 2018. Na época, Jairo chegou a levar o corpo da esposa sem vida a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), alegando que ela teria caído.
Os funcionários do centro de saúde suspeitaram da versão dele e acionaram a polícia. Jairo foi preso no dia 24 de julho, um mês após o crime. Segundo o Ministério Público, no dia do feminicídio, por volta das 19h, Isabel foi surpreendida, e, sem possibilidade de defesa, asfixiada pelo companheiro.
Agora, o júri, com base na sustentação oral da promotora de Justiça Sumaya Queiroz Gomes de Oliveira, reconheceu o crime como qualificado por ser feminicídio cometido por motivo fútil, com emprego de meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A sentença da juíza Andrea Teixeira Lima Sarmento Neto determinou que o sentenciado, que já estava preso provisoriamente, continue cumprindo a pena em regime fechado. Os dois começaram a namorar ainda na adolescência, há mais de 20 anos, e tinham duas filhas, uma de 15 e a outra de 17 anos, na época do crime.