Uma jovem – identificada como Andressa Lustosa, de 25 anos-, caiu da bicicleta após ser vítima de importunação sexual enquanto pedalava, em Palmas (Paraná), neste último domingo (26/9). Imagens de câmeras de segurança, divulgadas um dia depois do ocorrido pela vítima, mostram o momento que um carro se aproxima da jovem.
Na sequência, o carona passa a mão no corpo dela. Logo depois, a jovem se desequilibra e cai da bicicleta. Após o ocorrido, a vítima registrou um boletim de ocorrência.
“Infelizmente, foi muito pior do que eu imaginava! Nós mulheres não temos um minutos de paz! Sai de casa para andar de bicicleta e volto toda machucada pra casa por uma atitude covarde dessas! Todas as medidas cabíveis estão sendo tomadas.. estou bem, só quero que paguem pelo o que fizeram”, escreveu a jovem nas redes sociais.
Conforme a Polícia Civil, o caso é investigado como importunação sexual e lesão corporal. Até o momento, o motorista do carro e o passageiro ainda não foram identificados.
De acordo com a Pesquisa Nacional da Saúde (PNS), divulgada em maio deste ano, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em parceria com o Ministério da Saúde, 76,1% das mulheres vítimas de violência sexual, afirmam que “foram tocadas, manipuladas, beijadas ou tiveram partes do corpo expostas contra a vontade”.
NOTA
Em nota, o escritório de advocacia Loureiro & Lehnhard manifesta publicamente a mais profunda indignação ao lamentável episódio ocorrido no dia 26/09, na cidade de Palmas, contra a colaboradora Andressa Rosa Lustosa.
O ato repugnante e de extrema covardia deixa evidente, mais uma vez, que o sexismo enraizado na sociedade é um problema grave, que põe em risco, diariamente, a vida e a integridade das mulheres, unicamente pelo fato de ser mulher.
A cultura machista deve ser confrontada e rompida para que toda e qualquer forma de violência em razão do gênero seja erradicada. Situações como esta não podem ser vistas como algo normal ou corriqueiro. Não é brincadeira, nem piada e qualquer tolerância a esses padrões sociais deve ser abolida.
Este assunto deve ser tratado com prioridade pelas instituições, políticas públicas e pela sociedade.
A conscientização e o apoio social são fundamentais para que esta trágica realidade seja transformada. A luta deve persistir até o momento em que todas as mulheres possam ser elas mesmas, onde quer que estejam, em segurança.
Prestamos nossa solidariedade à vítima e às demais mulheres que diariamente vivenciam situações como essa.
Todas as medidas judiciais e administrativas estão sendo tomadas para que os culpados sejam responsabilizados.