O vulcão de Cumbre Vieja, em La Palma, Espanha, parou de emitir lava, cinzas e fumaça na manhã desta segunda-feira (27/9), após oito dias em atividade. A situação chamou a atenção de especialistas, que previam que o vulcão permaneceria ativo por ao menos 79 dias. Contudo, duas horas depois da pausa, novas erupções foram registradas.
A nova atividade sísmica desta manhã contou com uma grande coluna de fumaça expelida e acompanhada de explosões esporádicas. Foram 16 tremores de terra a 10 quilômetros de profundidade na zona norte de Fuencaliente.
Segundo o Jornal El Mundo, o comitê científico do Plano de Emergências Vulcânicas das Canárias (Pevolca) está reunido para analisar os últimos acontecimentos. A previsão é que a lava chegue ao mar nos próximos dias.
Segundo o presidente do Governo das Canárias, Ángel Víctor Torres, o cenário é iminente. “A previsão é que possa chegar ao mar e que seja rápido. Um momento também difícil, uma vez que temos de tentar, o quanto antes, saber se a lava tem um circuito, uma maneira de chegar lá”, disse Torres à rádio Cadena Ser.
Caso isso ocorra, a reação química gerada pelo contato do fluido com a água salgada pode gerar explosões e emissão de gases nocivos, segundo as autoridades do (Pevolca).
Esses gases, inclusive, podem gerar irritação na pele, nos olhos e nas vias respiratórias. A lava do vulcão, que está ativo desde o dia 19 e já destruiu 500 edifícios ao longo de 212 hectares. Não há registo de mortos ou feridos.
O La Cumbre Vieja é o vulcão que apresenta maior risco para o Brasil. Em apenas seis horas de fortes explosões, as ondas causadas por seu tsunami seriam capazes de destruir toda a Cidade Baixa de Salvador. O Mercado Modelo ficaria quase submerso e apenas as áreas da Cidade Alta ou de morros, como Brotas, passariam ilesas.
