Em Cuiabá, Ana Cláudia Flor passou um ano pedindo a solução de um crime: o assassinato do marido, o empresário Toni Flor, pai das filhas dela. Segundo parentes dele, a relação do casal sempre foi muito tensa.
Em 11 de agosto de 2020, o empresário entrou em uma academia de lutas e foi atingido por cinco tiros. O atirador fugiu. Toni ainda passou por uma cirurgia, mas morreu no dia seguinte.
Ana Cláudia disse à polícia que o marido tinha sido vítima de um engano, que o alvo era um agente da Polícia Rodoviária que frequentava a mesma academia. Mas logo nos primeiros dias de investigação, a polícia descartou a versão de que Toni tinha sido confundido com algum policial na frente da academia. O agente rodoviário só treinava à tarde.
A viúva mobilizou a cidade pedindo justiça, organizou passeatas, foi à televisão e consolou parentes. Agora, as investigações chegaram ao fim com uma reviravolta que chocou a cidade: segundo a polícia, Ana Cláudia mandou matar o marido. Ela deve ir a júri popular.
Ana Cláudia nega que seja a mandante do crime. O advogado dela diz que vai provar a inocência.