Mesmo buscando ter hábitos saudáveis para manter a qualidade de vida, o brasileiro ainda não está preparado para o envelhecimento. Este que é o principal fator de risco para doenças crônicas e incapacidades nas sociedades, gerando grande impacto nos gastos sociais e na saúde pública.
A estenose diverticular de cólon é um dos problemas que acometem aqueles que desfrutam da longevidade, e sua incidência aumenta com o avançar da idade. Embora seja bastante comum e afeta até 10% dos adultos de meia-idade e 50 a 80% dos adultos com idade superior a 80 anos, poucas pessoas estão cientes de que possuem a doença.
A prevalência é semelhante entre indivíduos de ambos os sexos, com índices de sangramento diverticular maiores em homens e de obstrução mais significativa em mulheres. Dez a 25% dos pacientes com diverticulose apresentarão quadro de diverticulite. Depois dos 60 anos, praticamente 100% dos idosos têm esse problema, em maior ou menor grau.
Nem todos apresentarão sintomas: alguns têm dor, outros desenvolvem complicações maiores, segundo o diretor do núcleo de coloproctologista do Instituto Baiano de Cirurgia Robótica (IBCR). “Estenose diverticular ocorre devido a frequente inflamação dos divertículos que são saculacoes presentes no intestino grosso. Essa inflamação frequente deixa a parede do intestino mais espessa e com isso estreita causando dor e dificuldade para o seu funcionamento”.
O médico explica que essas inflamações deixam cicatrizes no intestino, fazendo com que a sua parede fique mais endurecida e espessa. “Se essas inflamações tornam-se recorrentes, a passagem que tinha 5 centímetros de calibre passa a ter 1 ou 2. E esse estreitamento do órgão que recebe o nome de ‘estenose’”.
“Quando há inflamação, chamamos de diverticulite, que é um quadro agudo a ser tratado com remédios via oral ou endovenosa. Caso chegue a ter perfuração ou sangramento do intestino, o paciente precisará de intervenção com urgência. O tratamento cirúrgico é a melhor opção quando se tem essa situação. O uso da robótica proporciona uma melhor abordagem com maior precisão e visão para realizar essa cirurgia, possibilitando o retorno precoce às atividades e a alta hospitalar mais rápido em até 48 horas.”, Dr. Ramon Mendes.