Uma ex-funcionária da TV Globo entrou na Justiça contra a emissora com a acusação da empresa ser conivente com assédio moral.
O processo, movido na Justiça do Trabalho, coloca o jornalista Carlos Cereto, como responsável pelo assédio.
De acordo com trechos do processo divulgado pelo Notícias da TV, que teve acesso aos documentos com exclusividade, Cereto, que deixou o SporTV na quinta-feira (1), xingava a ex-funcionária e pedia para que ela desse voltas na redação para mostrar o corpo.
Segundo a moça, ela foi chamada de “incompetente, desqualificada e despreparada”, além de ter dito que a funcionária “estava uma delícia” e ter beijado a mão da funcionária.
Os casos ocorreram enquanto Cereto era chefe de redação do SporTV em São Paulo, entre os anos de 2012 e 2015.
A autora do processo chegou a denunciar o caso ao RH, e a solução dada pela emissora teria sido mudá-la de área, para alguns meses depois voltar a ser chefiada por Cereto.
A publicação afirma que a Justiça condenou a Globo em primeira instância. A juíza Marisa Santos da Costa aceitou o pedido da ex-funcionária, e entendeu que ficou comprovado que Carlos Cereto cometeu o assédio e que a Globo foi conivente.
Em nota enviada ao Notícias da TV, a Globo negou que a saída de Cereto tenha ligação com o processo.
“A saída do jornalista foi uma decisão de gestão. Sobre as perguntas a respeito de compliance, a Globo não comenta assuntos da Ouvidoria, mas reafirma que todo relato de assédio, moral ou sexual, é apurado criteriosamente assim que a empresa toma conhecimento. A Globo não tolera comportamentos abusivos em suas equipes e incentiva que qualquer abuso seja denunciado. Neste sentido, mantém um canal aberto para denúncias de violação às regras do Código de Ética do Grupo Globo”.