Comando do Exército deve analisar nesta segunda participação de Pazuello em ato pró-Bolsonaro

POLÍTICA REGIÃO METROPOLITANA

 

O Comando do Exército deve analisar nesta segunda-feira (23) a participação do ex-ministro da Saúde, o general da ativa Eduardo Pazuello, em uma manifestação favorável ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) neste domingo (23). As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

Segundo a publicação, a presença de Pazzuelo criou constrangimento para o Comando do Exército e pode abrir uma nova crise no governo. Como general da ativa, Pazuello está proibido pelo Estatuto dos Militares e pelo Regulamento Disciplinar do Exército, de participar de manifestações políticas.

O regulamento prevê que um militar da ativa não deve se manifestar publicamente, sem que esteja autorizado, a respeito de assuntos de natureza político-partidária. Também são vedadas manifestações coletivas de caráter político aos militares da ativa.

Não há notícias de o Comando do Exército tenha autorizado o general a participar dos atos. Bolsonaro participou de um passeio com motociclistas no Rio de Janeiro nesta manhã, e, posteriormente, subiu em um carro de som para discursar aos apoiadores ao lado de Pazuello.

Nenhum dos dois usava máscara e o evento provocou aglomeração.

A participação do ex-ministro no ato acontece depois de o militar comparecer à CPI da Pandemia, no Senado Federal, por dois dias seguidos na última semana. O general da ativa pode ser novamente convocado à depor na comissão que apura as ações e omissões do governo federal ao longo da crise sanitária.

O episódio também acontece um dia depois do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, fazer uma coletiva de imprensa para afirmar que a pasta implementará barreiras sanitárias para conter a transmissão da variante indiana da Covid-19.

Considerada pela Organização Mundial de Saúde (OMS) uma “preocupação global”, a variante B.1.617.2 já tem casos identificados no Maranhão e Ceará, além de registros em investigação no Pará.

Enquanto Bolsonaro e Pazuello aglomeravam no Rio, Queiroga avisava nas redes que estava embarcando para o Maranhão para dar “andamento às medidas de contenção da variante indiana”.

adm

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