Mais uma vez, o compositor e músico Manno Góes se posicionou contrário ao ex-parceiro Netinho neste domingo (2). Isso porque o sócio da banda Jammil e Uma Noites não gostou de ver o colega cantando o sucesso “Milla” no ato pró-Bolsonaro que aconteceu no sábado (1º), Dia do Trabalho, na Av. Paulista, em São Paulo.
Autor da canção e crítico do atual presidente, Manno protestou nas redes sociais. “Netinho ontem cantou Milla no ato em que pessoas brancas, na Paulista, gritavam eu autorizo’, para Bolsonaro. Autorizam o que? Golpe militar? Portanto, eu NÃO AUTORIZO esse débil mental de cantar minha música. Já entrei na justiça e retirarei todos os vídeos que tiverem isso”, escreveu, utilizando-se de um termo capacitista para explanar seu descontentamento.
Por capacitismo pode-se entender como o conjunto de atitudes preconceituosas que discriminam e subestimam a capacidade das pessoas com deficiências. Foi o que o artista fez ao se referir a Netinho como “débil mental”. Em outro tuite, Manno mandou um recado para a classe de artística. “Espero que outros percebam que ao se silenciarem estão sendo coniventes com atos contra a democracia. Não se trata de posicionamento político apenas, se trata de apreço à liberdade e à Constituição”, finalizou.
No início deste ano, Góes já tinha criticado Netinho ao exibir uma foto ao lado do presidente Jair Bolsonaro em que dizia ser “cristão, acredito e ando com Deus, nada tenho contra religiões e sim contra homens que podem usar as religiões para propagar o mal, e o comunismo/ socialismo/ globalistas/ progressistas. São mal absolutos” (sic). Em resposta, o autor de “Milla” ironizou: “Netinho, se fôssemos comunistas, você já estava enterrado na praia ou amarrado em um barco, largávamos seu corpo em um farol apagado, em um moinho abandonado, no maior alto astral! Ninguém usa Deus para pregar contra o capitalismo. Só Jesus fazia isso, seu pentelho seco de velha!” (sic)