Cantora baiana vence processo após ser vítima de gordofobia e ameaças: ‘diziam que iam arrancar minha pele’

ENTRETENIMENTO REGIÃO METROPOLITANA

A cantora baiana Aila Menezes, conhecida por participar do programa The Voice Brasil, transmitido pela TV Globo, venceu um processo judicial após ser vítima de ataques gordofóbicos e ameaças na internet. A artista diz que as agressões foram iniciadas por um pré-candidato a vereador de Vitória da Conquista.

“Vencer esse processo devolveu o meu sorriso”, afirmou a cantora, em entrevista ao G1. O resultado da ação saiu na terça-feira (20). O caso corre em segredo de Justiça e o réu não teve o nome divulgado.

O homem terá que pagar uma pagar uma indenização à Aila e se retratar publicamente nas redes sociais. O valor não foi informado.

A cantora conta que, em julho de 2020, publicou um vídeo em uma rede social de um trecho de um show realizado no Pelourinho, antes da pandemia da Covid-19. O político, então, teria utilizado a gravação para criticar o corpo e o figurino utilizado por Aila.

“Ele colocou que eu era uma mulher que não me respeitava, associou meu show à prostituição, assédio e coisas do tipo. Sendo que no show eu estou com um figurino que Luísa Sonza, Anitta e tantas outras mulheres maravilhosas usam, mas o fato de eu ser gorda, baiana, nordestina e fora dos padrões incomodou”, apontou a jovem.

O vídeo teve mais de nove milhões de visualizações e a baiana começou a sofrer ataques gordofóbicos, racistas e machistas, além de ter sido ameaçada. Segundo o G1, após os episódios, Aila desenvolveu depressão, crise do pânico e transtorno de ansiedade.

Diante disso, foi necessário fazer acompanhamento psicológico e psiquiátrico. Atualmente, ela toma cerca de seis remédios por dia. “Quando eu fazia live cantando no Instagram, eles entravam de galera para me destruir, para me atacar. Falavam que eu era a imagem e semelhança do diabo, que iam arrancar minha pele”, lembrou.

Dentre as ameaças, Aila recebia vídeos de pessoas sendo estupradas, assassinadas e comidas por cachorros. Nas mensagens, diziam que isso iria acontecer com ela também.

“Eu tinha uma crise de pânico horrível, que meus pais não sabiam o que fazer, eles ligavam desesperados para o psiquiatra. Eu começava a gritar dentro de casa de tanta mensagem que eu recebia, tive que parar de usar a internet praticamente”, confessou.

adm

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