“Só Deus me tira da cadeira presidencial”, afirmou Jair Bolsonaro, nesta quinta-feira (15/4), durante live semanal que realiza nas redes sociais. O comentário foi uma resposta à informação de que a ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu cinco dias para que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), explique os motivos por não ter analisado os pedidos de impeachment protocolados na Casa.
“Eu não quero me antecipar e falar o que acho sobre isso, mas digo uma coisa: só Deus me tira da cadeira presidencial e me tira, obviamente, tirando a minha vida. Fora isso, o que estamos vendo acontecer no Brasil não vai se concretizar. Mas não vai mesmo. Não vai mesmo”.
A decisão de Cármen Lúcia foi tomada em um processo no STF que questiona o motivo de a Câmara dos Deputados ainda não ter analisado os mais de 100 pedidos de impeachment já protocolados contra Jair Bolsonaro. Segundo a Constituição brasileira, a decisão sobre a abertura – ou não – de um processo de impeachment cabe ao presidente da Câmara, que não possui prazo para tomar a decisão.
EM TEMPO
Ainda na live, Bolsonaro criticou a decisão do STF, nesta quinta, que anulou as condenações do ex-presidente Lula:
“O Brasil não quebrou no último ano. Alguns querem que eu resolva do dia para a noite. Estamos com problemas há décadas. Acredito que estou fazendo a coisa certa. Pela decisão do STF, o Lula será candidato. Se ele voltar pelo voto direto, auditável, tudo bem. Veja o tipo de gente que ele trará para o governo. Em março de 2022 ele vai escolher mais dois ministros para o STF”, disse.
Indagou, ainda, quem competiria com o petista caso ele saísse da disputa. “Tira eu de combate, quem seria outro que iria com Lula no segundo turno? É só entender qual o futuro de cada um de vocês. Veja qual o futuro reserva para vocês, e com essa decisão do STF, praticamente anulando as decisões e garantido mais duas vagas”, completou.