Com o fechamento das praias de Salvador avançando para a nona semana consecutiva, o representante do Sindicato dos Ambulantes da Bahia, Paulo Marques, reclama que a categoria está sofrendo com a restrição do trabalho. “São pais e mães de família que dependem da praia para levar o pão para casa”, afirma.
Marques diz que no início da pandemia, quando a prefeitura decretava o fechamento dos serviços não-essenciais, garantia a cesta básica, “mas agora não dão nada”. A gestão municipal anunciou nesta sexta-feira (16) que distribuirá cestas para 440 permissionários (antigos barraqueiros) e 383 baianas de acarajé, licenciados pela Semop.
De acordo com um dos fundadores da Associação de Vendedores Ambulantes e Feirantes de Salvador, Valmir Fonseca, no entanto, o número é ínfimo diante da quantidade de vendedores que trabalham nas praias. “A extensão da orla de Salvador é muito grande, são muitos ambulantes, além de pessoal que trabalha com cerveja, todo tipo de produto”.
Ainda segundo Fonseca, os ambulantes das praias são os mais prejudicados, uma vez que a maioria não é licenciada pela prefeitura e, com isso, não tem direito aos benefícios concedidos.