O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anunciou nesta quarta-feira (14) a antecipação de 2 milhões de doses da vacina da Pfizer, elevando o total de imunizantes fornecidos pela fabricante para 15,5 milhões até junho. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a promessa foi feita após a segunda reunião do comitê nacional de enfrentamento à pandemia de Covid-19. Queiroga falou ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), e ao lado do deputado Luizinho (PP-RJ), representando o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
“Uma boa notícia que é justamente a antecipação de doses da vacina Pfizer, fruto de uma ação direta do presidente da República, Jair Bolsonaro, com o executivo principal da Pfizer, que resulta em 15,5 milhões de doses da Pfizer já no mês de abril, maio e junho”, afirmou.
“Ou seja, conseguimos antecipar no calendário anteriormente previsto das 100 milhões de doses, 2 milhões de doses da vacina da Pfizer que vai fortalecer o nosso calendário de vacinação.”
Em 8 de março, após reunião entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o CEO mundial da Pfizer, Albert Bourla, o governo havia anunciado 14 milhões de doses de imunizantes da farmacêutica até junho.
No fim daquele mês, o cronograma foi recalibrado para 13,5 milhões de doses, valor incrementado agora para os 15,5 milhões anunciados por Queiroga. De acordo com integrantes do governo e da Pfizer, as primeiras doses chegarão ao Brasil ainda em abril.
O contrato com a Pfizer foi assinado após uma série de desentendimentos com o governo. Como a Folha mostrou em março, a gestão Jair Bolsonaro rejeitou no ano passado proposta da farmacêutica que previa 70 milhões de doses de vacinas até dezembro deste ano. Do total, 3 milhões estavam previstos até fevereiro, o equivalente a cerca de 20% das doses já distribuídas no país até aquele momento.
Ao anunciar a antecipação, Queiroga, porém, não informou a quantidade específica por mês.