Em novo depoimento à polícia, finalizado na madrugada desta terça-feira (13), a babá Thayná Ferreira, de 25 anos, voltou atrás e afirmou que o menino Henry Borel era agredido dentro de casa pelo namorado da mãe, o vereador Jairo Souza Santos Júnior, o Dr. Jairinho (afastado do Solidariedade).
No primeiro depoimento, Thayná mentiu e disse que nunca notou nada de anormal na relação entre o casal e o menino. A polícia descobriu, no entanto, que um mês antes da morte da criança ela trocou mensagens com a mãe de Henry, a professora Monique Medeiros, sobre agressões que aconteciam no apartamento em que a famíia morava, na Barra da Tijuca.
No segundo depoimento, a babá teria relatado, segundo o Jornal da Globo, dois episódios de agressões do padrasto contra Henry.
Ela também contou aos policiais que a versão do seu primeiro depoimento foi combinada com os ex-patrões e que aceitou por medo de retaliações. Além disso, teria sido orientada por Monique a apagar a troca de mensagens por celular.
A babá e a faxineira Leila Rosângela Mattos tiveram um encontro com o advogado de Dr. Jairinho dias antes de prestarem depoimento à polícia. Elas mesmas contaram que a irmã do vereador pediu que fossem ao escritório de André França Barreto no dia 18 de março.
A defesa afirma que a babá foi orientada a dizer a verdade e relatar o que havia presenciado, de forma ética e legal, e que não há provas de que os depoimentos tenham sido influenciados.
A Justiça do Rio de Janeiro negou nesta segunda (12) pedido de habeas corpus da defesa do vereador e da professora Monique Medeiros, mãe do menino Henry Borel.
*Com informações do jornal Folha de São Paulo