O vereador do Rio de Janeiro, Dr. Jairinho teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra o menino Henry Borel, semanas antes da morte da criança. As investigações apontam que a mãe da criança e companheira do parlamentar, Monique Medeiros, sabia de agressões. As informações são do portal G1.
Para espancar o menino, Jairinho teria se trancado no quarto com ele. O casal foi preso na manhã desta quinta-feira (8) acusado da morte da criança, fato que ocorreu no dia 8 de março. Eles estavam na casa de parentes de Monique em Bangu, na Zona Oeste do Rio.
Investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmam que o garoto foi assassinado. Policiais descobriram que Dr. Jairinho agredia o menino com chutes e golpes na cabeça e que a mãe sabia.
A causa da morte do Henry foi por “hemorragia interna e laceração hepática [danos no fígado] causada por uma ação contundente [violenta]”. Ainda segundo as investigações, no dia seguinte ao enterro do filho, Monique passou a tarde no salão de beleza de um shopping na Barra da Tijuca. Três profissionais cuidaram dos pés, das mãos e do cabelo da professora, que pagou R$ 240 pelo serviço.
A polícia ouviu pelo menos 18 testemunhas e reuniu provas técnicas que descartam a hipótese de acidente — levantada pela própria mãe da criança em depoimento na delegacia.
Os policiais descobriram ainda que, após o início das investigações, o casal apagou conversas dos telefones celulares. Suspeitam, inclusive, que eles tenham trocado de aparelho. A perícia do Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) usou um software israelense, o Cellebrite Premium, comprado pela Polícia Civil no último dia 31 de março, para recuperar o conteúdo.
Em relação a Monique, mãe de Henry, que namorava o vereador em 2020, os policiais levantaram informações sobre o comportamento dela após a morte do filho que chamaram a atenção. Ela chegou a trocar de roupa duas vezes até escolher o melhor modelo, toda de branco, para ir à delegacia.