O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), anunciou neste sábado (27) o fim do contrato de intervenção na CSN (Consórcio Salvador Norte), operadora de transporte coletivo que opera em regiões como Estação Mussurunga e da orla da capital. A medida foi tomada nove meses após a gestão municipal assumir a prestação do serviço em meio à crise econômica que ameaçava a empresa a interromper o serviço.
Em entrevista coletiva virtual, Bruno Reis também comunicou que, a partir de segunda-feira (29), a prefeitura assumirá a operação de forma direta. Ao mesmo tempo, o município abrirá uma licitação para tentar atrair empresas interessadas em executar o serviço. O processo, já autorizada pela Câmara de Vereadores, visa absorver, via Reda (Regime Especial de Direito Administrativo), parte dos 4.493 trabalhadores da concessionária. A contratação será realizada com recursos do Thomé de Souza.
Segundo o prefeito, no período de intervenção, a administração municipal investiu R$ 90 milhões na CSN.
A empresa, por outro lado, soma R$ 516 milhões em dívidas e acumula uma série de irregularidades, conforme aponta um relatório de auditoria. Dentre os principais passivos mencionados no documento, de acordo com Bruno Reis, estão R$ 172 milhões em dívidas municipais; R$ 125 milhões, entre rescisões e processos trabalhistas, R$ 40 milhos com fornecedores, além de R$ 25 milhões em parcelas de financiamentos e empréstimos bancários.
“Estou comunicando, nesse momento que, na condição de prefeito de Salvador, estou rescindido um contrato de concessão com a CSN por todas essas razoes expostas”, anunciou Bruno Reis na coletiva
O prefeito informou que o resultado da auditoria será encaminhado para os devidos órgãos de controle para a adoção de medidas contra os responsáveis por tais irregularidades.
