O cantor Belo, de 46 anos, foi preso nesta quarta-feira (17/2), por agentes da Delegacia de Combate às Drogas (DCOD) no Rio de Janeiro. Ele é investigado por ter feito um show no Complexo da Maré, Zona Norte da capital, promovendo aglomeração durante a pandemia de coronavírus.
Além do artista, que foi localizado em Angra dos Reis, a polícia iniciou uma operação cumprindo outros três mandados de prisão preventiva, e cinco de busca e apreensão. Algumas diligências foram realizadas na produtora Serie Gold, que realizou o show, onde foram apreendidos equipamentos e veículos. As informações são do G1.
Na empresa, foram presos, ainda, os dois sócios, Célio Caetano e Henriques Marques. O outro detido foi Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, apontado pela polícia como chefe do tráfico no Parque União.
O evento do qual Belo participou aconteceu dentro da Escola Municipal do Parque União, no último dia 13, e não teve autorização da Secretaria Municipal de Saúde, fazendo com que a polícia também investigue também se houve invasão ao colégio. De acordo com as autoridades, todas as pessoas envolvidas no evento serão ouvidas, inclusive o cantor, que será intimado para esclarecer quem pagou o cachê do show. Até o momento, não foi divulgado nenhum comunicado sobre a prisão nas redes sociais do pagodeiro.
Na época do show, o cantor deu uma entrevista à Rede Globo dizendo que seguiu todas as regras impostas durante a pandemia. “Fizemos o show seguindo todos os protocolos. Não temos controle do geral. Isso nem os governantes têm. As praias estão lotadas, transportes públicos, e só quem sofre as consequências são os artistas. Foi o primeiro segmento a parar, e até agora não temos apoio de ninguém sobre a nossa retomada. Sustentamos mais de 50 famílias”, reclamou.
Belo já foi preso em outras duas ocasiões: em 30 de dezembro de 2002, foi condenado a seis anos de prisão por associação para o tráfico, mas ficou preso por cerca de um mês e conseguiu, após entrar com recurso, o direito de responder em libertade. Depois, em em novembro de 2004, voltou à cadeia, condenado a oito anos, mas passou apenas três anos e oito meses detido.