Com 70 milhões de doses prometidas pela Rússia, a Bahia está pressionando a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) para liberar o registro que autoriza a aplicação da Sputnik V no Brasil.
A vacina contra a Covid-19 produzida pelos russos foi a primeira registrada no mundo e, na fase 3, demonstrou 91,6% de eficácia. País vizinho, a Argentina começou aplicar a primeira dose da vacina na população ainda em 2020. Em, janeiro, passou a aplicar a segunda dose.
“O México se torna o primeiro país da América do Norte a registrar a Sputnik V. Até quando o Brasil vai manter barreiras injustificáveis, Anvisa?”, questionou o secretário estadual de Saúde, Fábio Vilas-Boas, acrescentando que, até o momento, não houve “nenhuma morte ou hospitalização devido a Covid-19 nos braços da vacina em mais de 75 mil participantes”.
Por meio de publicação no Twitter, Vilas-Boas também cobrou que outras entidades acompanhem a Anvisa. Ao longo da pandemia, a agência tem sido criticada pela demora em adotar medidas e em aprovar vacinas contra a doença.
“Onde estão os tribunais de ética em pesquisa? Cadê a CONEP [Comissão Nacional de Ética em Pesquisa do Conselho Nacional de Saúde]? Como é possível a Anvisa exigir a realização de ensaio clínico de fase 3 de vacinas Covid-19 em brasileiros, nos dias atuais, quando já há vacinas eficazes? Isso é inaceitável do ponto de vista da bioética”, disse.
O México se torna o primeiro país da América do Norte a registrar a #SputnikV. Até quando o Brasil vai manter barreiras injustificáveis @anvisa_oficial ?
https://t.co/DJ901JyXfR— Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) February 3, 2021
Onde estão os tribunais de ética em pesquisa? Cadê a CONEP? Como é possível a @anvisa_oficial exigir a realização de ensaio clínico de fase 3 de vacinas Covid19 em brasileiros, nos dias atuais, quando já há vacinas eficazes? Isso é inaceitável do ponto de vista da bioética! https://t.co/TSEiF8VruX — Fábio Vilas-Boas (@fabiovboas) February 3, 2021