Após a divulgação das informações sobre a eficácia da vacina CoronaVac, o governador da Bahia, Rui Costa (PT), informou que a expectativa é que a imunização no estado comece em até 30 dias. “A #Bahia está preparada para a vacinação contra a #covid19. Conseguimos fazer a aquisição das agulhas, seringas e dos refrigeradores. Nossa expectativa é que a vacinação tenha início em até 30 dias. Só estamos esperando a liberação da vacina para iniciar a imunização na Bahia”, escreveu o gestor estadual em seu perfil no Twitter.
O prefeito de Salvador, Bruno Reis (DEM), também anunciou, mais cedo, na mesma rede social, que a prefeitura está se articulando para obter 103 mil doses do imunizante, para começar a vacinação na capital baiana.
“Boa notícia: o Instituto Butantan atestou a eficácia da Coronavac, sobretudo para casos graves do coronavírus. Já estamos nos articulando para obter 103 mil doses dessa vacina para começar a imunização na nossa cidade, após a aprovação da Anvisa”, escreveu. Bruno disse, ainda, que a prioridade será imunizar, primeiramente, os profissionais de saúde e grupos de risco, à exemplo de idosos. O prefeito também declarou qu a prefeitura continua em contato com outros laboratórios.
ENTENDA
O governo de São Paulo anunciou, nesta quinta-feira (7/1), que a CoronaVac, vacina contra o novo coronavírus, produzida pelo Instituto Butantan, em parceria com a farmacêutica chinesa Sinovac, tem taxa de eficácia mínima de 78% contra a Covid-19. Esse percentual se refere aos estudos feitos no Brasil, realizados com profissionais da saúde, mais expostos ao vírus.
Conforme o anúncio, feito pelo governador do estado, João Dória (PSDB), o imunizante garantiu proteção total contra casos graves e mortes provocadas pela doença. “As pessoas que forem imunizadas com a vacina do Butantan terão entre 78% e 100% menos possibilidade de desenvolverem a Covid-19, do que uma pessoa que não receber o imunizante”, explicou Dória.
Segundo o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, também não houve internações hospitalares entre os voluntários que receberam a vacina, em fase de testes. Com relação ao atendimento ambulatorial, ou seja, de sintomas que necessitam de assistência médica, entre os vacinados, 78% não precisaram procurar recurso médico. Os casos leves foram prevenidos em 78%. “[Com a vacina] estamos evitando casos graves, moderados e internações hospitalares e diminuindo a necessidade de atendimento ambulatorial. Estamos reduzindo, de forma significativa, as manifestações mais leves. É uma excelente vacina para o momento. Precisamos agora que ela chegue aos braços das pessoas”, disse.
Os dados de eficácia da CoronaVac foram revisados por um comitê internacional. Os dados de eficácia estão sendo apresentados hoje, em uma reunião com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que será responsável pela aprovação da vacina para uso no país. A taxa mínima de eficácia recomendada pela Anvisa é de 50%.
Dimas Covas revelou, ainda, que, nesse momento, não será encaminhado o pedido de registro da vacina à Anvisa, mas sim, o pedido de uso emergencial. Isso porquê, segundo o diretor do Butantan, o pedido de registro teria que ser feito em conjunto com a Sinovac, parceria do instituto. A expectativa é que a vacinação já comece em São Paulo no dia 25 de janeiro.