Com suspeita de sonegar mais de R$ 50 milhões em impostos estaduais, a organização criminosa alvo da Operação Grande Família teve R$ 21 milhões bloqueados em contas bancárias e o sequestro de bens, como carros de luxo e imóveis, nesta quarta (16/12).
“O padrão financeiro apresentado pelo grupo não condiz com o declarado oficialmente. Vamos aprofundar as investigações e, se caso confirmado o crime, indiciar os envolvidos”, declarou o diretor do Departamento de Combate e Repressão ao Crime Organizado (Draco), Marcelo Sansão.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA), aparelhos eletrônicos, documentos e joias, além da quantia em contas bancárias dos investigados foram sequestrados por determinação judicial. Os responsáveis pelas empresas, que fazem parte de um grupo de atacadistas de alimentos, estão sendo investigados por crimes contra o fisco estadual cometidos desde o ano de 2010.
Ao todo, 11 mandados de busca e apreensão foram cumpridos em residências dos proprietários, lojas e escritório de advocacia nos bairros Cidade Jardim, Barra, Corredor da Vitória, Horto Florestal e Alto do Itaigara, em Salvador e Santo Antônio de Jesus.
“Passamos a acompanhar esse grupo a partir do mês de outubro. Entre 2012 e 2019, através de análise bancária, percebemos as transferências de grandes montantes entre os sócios, que são parentes, indicando a possibilidade de lavagem de dinheiro”, destacou a delegada Larissa Barros.
Participaram da operação, as equipes da Coordenação Especializada de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (CECCOR-LD), do Departamento de Repressão e Combate ao Crime Organizado (Draco) e do Ministério Público da Bahia.