Desde agosto de 2020, quando foram registrados três novos casos da Doença de Haff, conhecida como “doença da urina preta”, a Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) já recebeu mais notificações da patologia. Segundo o órgão, até o dia 27 de novembro, 36 ocorrências foram notificadas. Destas, 30 foram confirmadas, cinco permanecem em investigação e uma foi descartada.
A Bahia viveu um ‘surto’ da doença em 2017. A patologia é associada à ingestão de crustáceos e, principalmente, o consumo de pescados. Os sintomas consistem em extrema regidez muscular, dor torácica, dispneia, dormência, perda de força em todo o corpo e urina com a cor preta, associada à elevação sérica de CPK. A doença pode levar à falência de múltiplos órgãos.
Conforme a Sesab, 12 casos oficiais da Doença de Haff já foram registrados em Salvador desde agosto, 11 em Camaçari, três em Entre Rios, dois em Dias D’Ávila, um em Candiba e um em Feira de Santana. Em todos eles, foi informado que o aparecimento dos sintomas ocorreu após a ingestão de peixe e mais de 80% relataram ter consumido peixe tipo “olho de boi”.
Ainda com relação ao perfil dos pacientes, do total, 53% pertencem ao sexo masculino e 47% ao sexo feminino. A faixa etária que apresentou o maior percentual de casos foi de 20 a 59 anos (83,35%).