Congressistas sugerem prorrogar calamidade por 3 meses para estender auxílio emergencial

POLÍTICA REGIÃO METROPOLITANA

Diante da dificuldade do governo em cortar recursos para acomodar o Renda Cidadã no Orçamento, deputados e senadores têm defendido a extensão por mais três meses do decreto de calamidade pública. O prazo vence em 31 de dezembro. As informações são de reportagem do jornal Folha de S. Paulo.

De acordo com a publicação, a prorrogação serviria para alongar o auxílio emergencial de R$ 300, além de dar mais tempo para a criação do Renda Cidadã —possível substituto do Bolsa Família. O ministro Paulo Guedes (Economia) disse ser contrário à proposta.

Entre os congressistas, no entanto, o plano se fortaleceu neste mês, mesmo com a resistência do governo. No início da pandemia, Guedes defendia um auxílio de R$ 200, mas o Congresso aprovou cinco parcelas de R$ 600.

A extensão da calamidade já havia sido trazida à tona em debate da comissão mista que analisa os gastos com a Covid-19, no começo deste mês.

Segundo a Folha, o vice-líder do PSD no Senado, Vanderlan Cardoso (GO), que também integra a base aliada e a comissão da reforma tributária, corrobora com a ideia da prorrogação. E

Na Câmara, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), já disse ser contra a prorrogação. No Senado, o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não se manifestou sobre o tema.

O senador Márcio Bittar (MDB-AC), relator da PEC (proposta de emenda à Constituição) Emergencial, que vai incluir a criação do Renda Cidadã, já afirmou que qualquer que seja a proposta para a criação do programa ela deverá causar incômodos.

Para investidores, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que a prorrogação do auxílio em 2021 não é uma vontade do governo, embora, segundo ele, a decisão ficará a cargo do Congresso.

adm

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