O prefeito de Salvador, ACM (DEM), voltou a falar nesta terça-feira (15/9) sobre a possível reabertura das praias da capital. Segundo ele, o assunto já está para lá de batido, mas é preciso ter bastante cautela. O democrata afirmou que os protocolos a serem adotados nas faixas de areia da orla ainda estão sendo definidos, porém adiantou algumas possibilidades já avaliadas.
“Em breve, vamos anunciar a retomada das praias com critérios. É provável que a gente abra as praias inicialmente durante a semana e não nos finais de semana. Que abra algumas e não todas as praias, que a gente limite as atividades. Mas estamos mais próximos do que nunca de dar início a esse processo de reabertura das praias, porém com aquela preocupação de que Salvador não seja palco de imensas aglomerações nas praias”, ressaltou.
O prefeito ainda falou sobre a efetivação, nesta última segunda-feira (14/9), do general Eduardo Pazuello como novo ministro da Saúde. Até então, ele exercia a função de interino à frente da pasta. “Acho que foi uma decisão acertada do presidente. Não posso me queixar do tratamento do Ministério da Saúde conosco, no envio, por exemplo, de respiradores no momento mais díficil da pandemia. Não tenho críticas a fazer, ao contrário, só posso agradecer a atenção e o apoio que ele tem dado à capital. Acho correta e adequada sua efitivação à frente do Ministério”.
LEGADO DA COVID
Ao ser questionado sobre qual legado a pandemia deixaria para Salvador, Neto enumerou alguns. “Primeiro, todas as unidades básicas de saúde que nós inaguramos neste momento ficam como legados. O programa Salvador Protege também fica. Uma série de reforços que nós demos em unidades da ilha ficam pós pandemia. Em relação ao Sagrada Família, a Prefeitura assumiu fez a requisição administrativa e acho que deve se buscar um caminho pra que funcione pós pandemia. A contratação de centenas de profissionais vamos aproveitar pós pandemia. Em geral, vamos ter um sistema de saúde mais completo, mais integrado. Esse é um legado para cidade”.
DESAFIOS PRÓXIMO PREFEITO
Por fim, Neto também abordou sobre quais desafios o próximo prefeito da capital baiana terá pela frente. “Serão inúmeros. Eu comparo que o momento será tão desafiador quando eu assumi a prefeitura em 2013, endividada, incapacitada, sem credibilidade. Por motivos diferentes, o futuro prefeito terá tão árdua missão quanto à minha. A crise vai gerar um impacto social nos serviços públicos. Você vai ter uma Prefeitura arrecadando menos e aí, o prefeito, por exemplo, não vai ter margem como eu fiz em 2013, um mudança no IPTU. Agora, ele não terá como, vai ter um desafio que será o inchaço dos serviços públicos e pouco dinheiro para essas demandas. Terá que ter uma equipe ainda mais competente. Tudo isso será tarefa essencial desde o primeiro dia. Sentou na cadeira, não vai ter tempo pra aprender, já vai que agir”, concluiu.