Um casal de turistas franceses, que desapareceu no último sábado (22/8), na região da Chapada Diamantina, foi localizado por guias turísticos no Parque Municipal Natural do Riachinho, no Vale do Capão. A mulher foi encontrada no mesmo dia, com ferimentos, e encaminhada, inicialmente, para o Hospital Regional da Chapada, no município de Seabra. Já o corpo do companheiro só foi resgatado na segunda-feira (24/8).
Após encontrarem a francesa, os guias da Associação de Condutores de Visitantes do Vale do Capão (ACV-VC) acionaram o Corpo de Bombeiros. Equipes do 11° Grupamento de Bombeiros Militar (11°GBM/Itaberaba) e do 2° SGBM/Lençóis atuaram nas buscas.
De acordo com o guia Matheus Presto, que participou das buscas, o casal entrou no parque – que está fechado, em razão da pandemia – com uma moradora. Quando essa passou pela guarita, foi questionada pelo monitor e informou que havia mais gente no local. A ACV-VC, então, iniciou a procura. “Parece que um escorregou e, na tentativa de se ajudarem, escorregaram e caíram no poço”, explicou Mateus.
Ele registrou uma parte do resgate e enviou ao Aratu On. Confira abaixo:
Matheus contou, ainda, que a mulher sofreu uma pancada na cabeça e precisou ser transferida para um hospital de Salvador, onde passaria por procedimento cirúrgico. Não há, porém, mais detalhes sobre seu estado de saúde.
O corpo do homem foi encaminhado para uma unidade do Departamento de Polícia Técnica (DPT) da Polícia Civil.
Por meio de nota, a Secretaria de Meio Ambiente do Município de Palmeiras lamentou a morte do turista.
“DESRESPEITO”
De acordo com o coordenador da brigada voluntária da ACV-VC, Adroaldo Vasconcelos, o parque estava fechado, em razão da pandemia e medidas para conter o avanço do novo coronavírus. Porém, a presença de visitantes tem sido frequente nos pontos turísticos da região – um “desrespeito a tudo e todos”, segundo ele.
“O monitor do parque foi fazer uma ronda e viu que tinha mais gente. Achamos uma pessoa acidentada e fizemos o resgate, dificílimo, que também colocou em risco os brigadistas e bombeiros”, disse Vasconcelos.
“Está tudo fechado e a comunidade está se restringindo, mas temos gente desespeitando esse fechamento ‘o tempo inteiro'”, completou, ressaltando que tal prática não envolve guias associados.