A cada 45 casos de infartos, um ocorre durante a relação sexual. A conclusão é de uma pesquisa realizada em parceria entre o jornalista britânico Michael Blastland e o estatístico David Spiegelhalter, professor da Universidade de Cambridge. O resultado foi publicado no livro “Viver é perigoso?”.
Em entrevista ao Extra, cardiologista e geriatra Elizabete Viana de Freitas pondera a conclusão do estudo e diz que o sexo nada mais é do que uma atividade física, que provoca aumento da frequência cardíaca e da pressão arterial como um exercício qualquer. A especialista alerta ainda que quadros de hipertensão, arritmias, alterações nas válvulas do coração, angina, insuficiência cardíaca grave e episódio de enfarte nas quatro semanas anteriores são complicações de saúde que exigem orientação médica antes da prática sexual.
“Quem já tem alguma intercorrência cardíaca deve consultar um especialista para ver a necessidade de se submeter a um teste ergométrico e saber o nível de esforço que pode fazer no sexo. Quem não tem problemas não precisa se preocupar. Uma pessoa que pratica atividade física regularmente não vai ter aumento de risco de enfarte durante o ato sexual “, explica Elizabete, doutora em medicina, em entrevista ao Extra.
A médica explica ainda que situações que envolvem estresse, como estar numa transa extraconjugal ou querer impressionar o parceiro, elevam as chances de infartar durante o sexo.