Com transmissão online, missa de sétimo dia da atriz Chica Xavier será na Igreja do Rosário dos Pretos, em Salvador

REGIÃO METROPOLITANA

A missa de sétimo dia da morte da atriz baiana Chica Xavier será no sábado (15), às 10h, na Igreja do Rosário dos Pretos, localizada no bairro do Pelourinho, em Salvador. A artista morreu no último sábado (6), aos 88 anos, vítima de câncer de pulmão.

A missa será transmitida ao vivo pelo Instagram da Irmandade do Rosário dos Pretos (@irmandadedoshomenspretos), à qual Chica fazia parte. Presencialmente, só será possível reunir 40 convidados dos familiares, por causa das restrições da pandemia da Covid-19. Além disso, os presentes devem permanecer de máscara na igreja, e na entrada receberão álcool em gel, além de ter a temperatura aferida.

Nascida em Salvador, em 22 de janeiro de 1932, Francisca Xavier Queiroz de Jesus se mudou para o Rio de Janeiro em 1953, aos 21 anos, e se consagrou como atriz de teatro, TV e cinema, ao longo de uma carreira de mais de seis décadas. Chica Xavier se tornou um legado cultural por conta da representatividade, que influenciou gerações de atrizes e atores negros.

Carreira

Conhecida por papéis marcantes, Chica Xavier encenou a primeira peça “Orfeu da Conceição”, de Vinícius de Moraes, em 1956. No cinema, estreou em 1962, no filme “Assalto ao Trem Pagador”, dirigido por Roberto Farias e, em 1973, fez sua estreia na TV, com a novela “Os Ossos do Barão” interpretando “Rosa”, uma das mais de 50 personagens que representou em novelas.

Atuou também em novelas como “Sinhá Moça”, “Dancin’ Days”, “Renascer”, “Pátria Minha”“Cara & Coroa”“Rei do Gado”, “Força de um Desejo” e a minissérie “Tenda dos Milagres”, onde deu vida a mãe-de-santo Magé Bassã e o seu trabalho mais recente foi na novela “Cheias de Charme“, em 2012.

Em 1999, Chica que também era sacerdotiza, lançou livro de cantigas e rezas, fazendo homenagem e referências à religião dele.

Homenagens

Em 2010, Chica Xavier recebeu o Troféu Palmares concedido pelo MINc, através da Fundação Cultural Palmares, pelo trabalho de preservação e incentivo à cultura afro-brasileira. Em 2011, deu nome ao Centro Cultural Atriz Chica Xavier do projeto No Palco da Vida, que também reúne o acervo de sua carreira. Já em 2013 a biografia “Chica Xavier: Mãe do Brasil” foi lançada.

adm

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