“Quando a gente fala em racismo muita gente tende a imaginar que estamos descrevendo apenas situações de injúria racial, como agressões verbais a cor da pele e ao fenótipo. Mas racismo vai além disso…
A estrutura da sociedade hoje naturaliza comportamentos e opressões como o racismo. O termo racismo estrutural sinaliza que alguns costumes, hábitos e situações internalizadas acabam perpetuando a discriminação racial e justamente por serem encaradas como “naturais” muita gente não percebe.
Um exemplo disso é o acesso de negros nos lugares mais elitizados da sociedade. Quantos médicos negros você conhece? Quantos doutores? Por outro lado a população negra no Brasil é a que mais preenche as estatísticas de encarceramento e também a que mais morre. E tudo isso é normalizado.
O racismo estrutural se manifesta nas instituições, na política, na economia, na nossa vida pessoal e em todas as esferas da nossa sociedade. Até mesmo em expressões racistas usadas cotidianamente como “a coisa ta preta” ou “só podia ser preto”…
O que nós podemos fazer é nos informar e perceber as nuances do racismo no nosso cotidiano, contribuindo para uma mudança efetiva na estrutura da nossa sociedade em que as pessoas não serão mais descriminadas pela cor da pele.”