São Paulo, Brasília, Santa Catarina e, agora, Salvador. Uma baiana foi vítima da atuação de perfis falsos do personagem infantil da Disney, conhecido mundialmente como “Homem Pateta”.
A figura das redes sociais – que usa o nome de Jonathan Galindo – estaria atraindo crianças e adolescentes no Facebook para enviar conteúdo impróprio para menores, inclusive incitando o suicídio. A vítima preferiu não ser identificada. Ela revelou que a abordagem do “Homem Pateta” foi agressiva e ameaçadora. Após adicionar a vítima nas redes sociais, o personagem a agride verbalmente de “muito feia”.
Depois do insulto, o rapaz pergunta se ela “não quer se matar?”. Posteriormente, o criminoso, inclusive, oferece auxílio: “TE AJUDO”. As conversas foram obtidas pelo jornalismo do Grupo Aratu.
ALERTAS
Não é a primeira vez que a figura acende o sinal de alerta dos pais. As ameaças virtuais têm padrão semelhante: são espécies de “correntes” sem fonte conhecida, focadas em crianças e adolescentes, e que se multiplicam em vários fakes, que imitariam as ações do suposto agressor.
Em 2017, foi o desafio da “Baleia Azul”, surgido em uma rede social russa, que viralizou entre jovens e foi associado a uma onda de suicídios. Por aqui, o jogo era no WhatsApp. Os chamados “administradores” propunham uma série de desafios que envolviam automutilação e atos de violência, com o suicídio sendo a fase final –ameaças à família e entes queridos eram feitas para forçar a realização das tarefas no tempo determinado.
No ano passado, a Boneca Momo voltou a assombrar famílias. A imagem perturbadora aparecia em vídeos do Youtube Kids ensinando crianças a se matar. No Brasil, induzir ou instigar alguém a suicidar-se ou a praticar automutilação é crime e pode gerar uma pena de até seis anos de prisão.