O Ministério da Saúde se pronunciou, por meio de uma nota, sobre a semente de feijão que era vendida por R$1.000 pelo pastor Valdemiro Santiago. O líder da Igreja Mundial do Poder de Deus dizia que a semente de feijão era capaz de curar o novo coronavírus.
“Conforme determinação do Ministério Público Federal, o Ministério da Saúde esclarece que é falso que o plantio de sementes de feijão, comercializados pelo líder da Igreja Mundial do Poder de Deus, Valdemiro Santiago, leva à cura ou serve para prevenção da Covid-19”, diz o comunicado.
A pasta ainda ressalta que ainda não existe cura para a nova doença. “O Ministério da Saúde informa que não há, até o momento, produto, substância ou alimento que garante a prevenção ou tratamento do coronavírus”, reforça.
ENTENDA
O pastor havia gravado vídeos em que lista os poderes da semente, capaz de curar os doentes. “Gente curada de estado terminal, gravíssimo. E tá ali o exame, para quem quiser. Você vê como a semente é semeadora. E aí, sim, conseguiu vencer a crise e a epidemia. Só tem um jeito de se vencer essas fases difíceis. É semeando, e semeando na obra de Deus. Essa semente é interessante, você planta… É a semente ‘sê tu uma bênção’. Você vai semear essa semente e na planta que nascer vai estar escrito ‘Sê tu uma benção'”, explicou.
Com a repercussão da “cura”, o Ministério Público Federal (MPF), por meio da Procuradoria Regional dos Direitos do Cidadão (PRDC) em São Paulo, enviou um ofício ao presidente do Google no Brasil, pedindo para que os vídeos fossem retirados do ar. O Google é responsável pela plataforma Youtube, onde o material foi publicado.
O órgão também enviou uma notícia-crime ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pedindo para que o órgão apure uma possível prática de estelionato por parte do pastor, já que nos vídeos, ele usa sua influência religiosa para obter vantagem pessoal ou em benefício da igreja.