Um professor de economia teve uma ideia para aumentar a taxa de natalidade na China: permitir que as mulheres tenham dois ou mais maridos. Apesar de Yew-Kwang Ng ser da renomada Universidade de Shanghai, a sugestão teve repercussão negativa.
No país, durante muito tempo, só era permitido ter um bebê – o que aumentou as taxas de aborto e abandono de filhas mulheres, já que apenas homens podem cuidar da família. Como resultado, agora há 34 milhões de homens a mais do que mulheres.
“Eu não sugeriria poliandria se a proporção de gênero não fosse tão severamente desequilibrada”, escreveu o professor Yew-Kwang Ng em sua coluna em um site de negócios chinês, segundo a Foha de São Paulo. “Só estou sugerindo que devemos considerar a opção diante de uma proporção desequilibrada de gênero”, completou.
Para o estudioso, é necessário apenas o consentimento dos envolvidos. “Se dois homens estão dispostos a se casar com a mesma esposa e a mulher também, por que razão a sociedade tem para impedi-los de compartilhar uma esposa?”, questionou. Huang lembrou que as mulheres são mais capazes de satisfazer o desejo sexual de vários homens do que o contrário. “É comum as prostitutas atenderem mais de dez clientes em um dia”, escreveu.
Enquanto isso, quando se trata de outros aspectos da vida, Huang argumentou que é razoável que as mulheres façam tarefas para várias famílias por uma questão de eficiência. “Fazer refeições para três maridos não vai demorar muito mais do que para dois maridos”, completou.
As mulheres foram as que mais reclamaram da ideia, considerada misógina e machista. Para elas, o pesquisador as via somente como ferramentas e objetos reprodutivos para satisfazer as necessidades sexuais dos homens.
