Um novo estudo pode provar que a transmissão da Covid-19 por pacientes que não apresentam sintomas pode ser “rara”. Na segunda-feira (08), a chefe do programa de emergências da Organização Mundial de Saúde (OMS), Maria van Kerkhove, comentou o assunto, mas explicou que existe uma diferença entre assintomáticos e pré-sintomáticos, que são pacientes que ainda vão desenvolver algum sintoma.
No Twitter, van Kerkhove voltou a falar sobre o caso, após ser alvo de críticas e dúvidas, e recomendou a leitura do guia da OMS, que foi publicado na sexta (05). A entidade afirma no documento que “estudos mais abrangentes sobre a transmissão de indivíduos assintomáticos são difíceis de conduzir”. Esta pesquisa mostrou que dos 63 pacientes assintomáticos estudados na China, apenas 9 (14%) conseguiram infectar outras pessoas.
“Os dados disponíveis até o momento, que tratam de casos de infecção em pessoas sem sintomas são decorrentes de um número limitado de estudos com pequenas amostras que estão sujeitas a revisões e não podem dizer se eles carregam a transmissão”, diz o documento.
No Twitter, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ironizou a informação. Ele defende o isolamento vertical, onde apenas pessoas do grupo de risco cumpririam as medidas de prevenção.
“Após pedirem (sic) desculpas pela Hidroxicloroquina, agora a OMS conclui que pacientes assintomáticos (a grande maioria) não têm potencial de infectar outras pessoas. Milhões ficaram trancados em casa, perderam seus empregos e afetaram negativamente a Economia”, escreveu.
Depois de suspender por alguns dias os estudos para avaliar os dados sobre o uso da hidroxicloroquina no tratamento do coronavírus, a OMS voltou a avaliar a utilização do medicamento, para determinar se continuará a ser testado ou não.