Ex-ministro Mandetta alega que ampliação do uso de cloroquina pode causar várias mortes em casa

REGIÃO METROPOLITANA SAÚDE

O ex-ministro da saúde, Luis Henrique Mandetta, fez uma declaração nesta segunda-feira (18/5), alertando a população sobre a ampliação do uso da cloroquina, medicamento defendido pelo presidente jair Bolsonaro como alternativa para combater o novo coronavírus. De acordo com o médico, o remédio pode provocar muitas mortes em casa por arritmia. A declaração foi feita durante entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.

Mandetta alegou que a recomendação da cloroquina para mais pessoas pode aumentar a pressão por vagas em centros de terapia intensiva (CTI). Segundo ele,  a exigência de Bolsonaro com a cloroquina é motivada pela vontade do presidente em reabrir a economia do país.

“Começaram a testar pelos [quadros] graves que estão nos hospitais. Do que sei dos estudos que me informaram e não concluíram, 33% dos pacientes em hospital, monitorados com eletrocardiograma contínuo, tiveram que suspender o uso da cloroquina porque deu arritmia que poderia levar a parada cardíaca”, afirma Mandetta.

O ex-ministro foi demitido do cargo público no dia 16 de abril e deu lugar a Nelson Teich, que pediu demissão no último final de semana. A avaliação de Mandetta é que a decisão de seu sucessor tenha passado pelo protocolo da cloroquina.

“A ideia de dar cloroquina, na cabeça da classe política do mundo, é que, se tiver um remédio, as pessoas voltam ao trabalho. É uma coisa para tranquilizar, para fazer voltar sem tanto peso na consciência. Por isso não tem gente séria que defenda um medicamento agora como panaceia”. finalizou

adm

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