Para não vacilar na cama: saiba os principais erros que você deve evitar durante o sexo

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Ter relações sexuais é uma das atividades mais íntimas que o ser humano é capaz de fazer. Porém, mesmo que no momento do sexo a entrega corporal e mental chegue a níveis extremos, causando um prazer quase “fora de controle”, é preciso estar sempre atento a questões que podem fazer disso uma experiência negativa.

 indicar quais os erros a serem evitados, o site  conversou com  as sexólogas Ivone Nascimento e Magali Tourinho, que explicaram quais os caminhos necessários para que o sexo aconteça de uma forma 100% prazerosa e saudável. Confira as dicas abaixo:

– Principais erros
Para Magali Tourinho,os maiores erros relacionados à prática sexual têm a ver com não conhecer a si mesmo e ao parceiro (a). Ela explica que as pessoas acabam tendo atitudes que às vezes não agradam, já que “homens e mulheres pensam diferente em relação a sexo e os mitos ainda são muito presentes”.

Quem também pensa assim é Ivone, que lembra que a essência do sexo é a busca pelo acerto, mas que muitas vezes o casal não combina as coisas antes ou durante a relação. “Às vezes está em um momento bom e o (a) parceiro (a) pede pra não parar e a outra pessoa para, muda. Isso é um erro”. Além disso, ela aponta que demonstrar nojo de algumas ações na cama, como o sexo oral, e descuidar da higiene acabam sendo atitudes negativas para a relação.

Ivone também reforça que ter relações com pressa, sem antes combinar que ela seja assim, é prejudicial. “A ‘rapidinha’ quando combinada é maravilhoso, mas quando não é em um momento normal e um dos dois está com pressa, é um erro terrível”. Ela indica, de forma geral, que o principal é ouvir o outro. “Sexo é uma coisa que tem que ser muito combinada. Tem que ter humor, leveza, tranquilidade, não só tesão, transar por transar”.

– Pode transar durante o período menstrual?

Ter relações sexuais durante o período menstrual pode trazer consequência positivas e negativas. “A menstruação faz com que o colo do útero fique ligeiramente mais aberto o que torna toda a área mais sensível a fungos, bactérias e à contaminação por ISTs (Infecções Sexualmente Transmissíveis), como os vírus do HPV, HIV e clamídia”, explica Magali. Por conta disso, ela lembra que o uso do preservativo nesse caso é imprescindível.

Além disso, Magali afirma que nesses casos o sexo oral é pouco recomendado, mas caso aconteça, a camisinha feminina é a alternativa de proteção. Ela também indica um lado bom. “Algumas mulheres têm mais desejo neste período e o sexo libera substâncias que geram bem-estar e diminui os desconfortos da menstruação. Por causa da contração uterina, que favorece a saída do sangue diminuindo os dias do fluxo e ainda serve como lubrificação”, diz a sexóloga.

– Saliva como lubrificante?
Natural. É esse o tipo de lubrificação mais indicado pelas duas especialistas. “A melhor maneira para promover uma lubrificação ideal é o uso de preliminares antes da relação. E a mesma depende de várias questões desde hormonais até o dia a dia com o (a) parceiro (a)”, recomenda Magali. Sobre a saliva, a especialista afirma que apesar de muito usada, é pouco indicada, e não é suficiente para deslizar, além de abrir portas para a transmissão de doenças.

Magali indica ainda os melhores produtos para ajudar na lubrificação. “Os lubrificantes à base de água são os mais indicados e ajudam bastante para iniciar uma relação de quem tem a possibilidade de sentir dor no ato sexual. Os de óleo ou silicone podem comprometer a eficácia dos preservativos”, salienta.

– Insistir na mesma posição

Como importante fator para inovar na vida sexual, as mudanças de posição durante a relação, segundo as especialistas, contribuem muito para a saúde entre os parceiros. Para isso, Ivone indica que o caminho é sentir o que o outro gosta. “A mudança da posição é muito legal porque inova, aumenta o desejo. A mesmice, aquele sexo diário daquele mesmo jeito, ‘papai e mamãe’ todas as vezes, vai ficando sem graça, uma coisa automática. Quando você troca de posição, troca o ângulo, gera curiosidade, excitação”, diz Ivone.

A sexóloga aponta ainda outra consequência positiva nessa diversificação: “Uma posição ‘x’ pode levar a um contato maior, o que pode proporcionar um tipo de orgasmo diferente, mais potente, duradouro”.

– Ignorar as ‘preliminares’

Aqueles momentos de provocação e troca de carícias antes da relação é, na opinião das especialistas, essencial para uma vida sexual saudável. “É o tempo necessário para o corpo estar preparado para o sexo, além de aumentar a intimidade e o prazer do casal”, diz Magali.

Para Ivone, é a chance de cada pessoa saber quais partes do corpo consegue ter mais excitação e transmitir isso, proporcionando descobertas.

– Exagerar nos tapas ou xingamentos
Dar ou receber tapas e de dizer xingamentos durante o sexo podem ser fatores extremamente excitantes para algumas pessoas. Porém, é preciso ter cuidado. Para Ivone, quando o prazer está sempre condicionado a isso é necessário parar e avaliar a situação.

“Algumas pessoas acham isso saudável, tranquilo, outras já consideram como desvio. Existe as parafilias, termo que define um desejo sexual que está condicionado a determinadas atitudes, então algumas pessoas têm que provocar situações para ‘apimentar’, mas essas brincadeiras podem passar dos limites”, alerta a especialista.

Ela diz ainda que é preciso diálogo para que esse exagero não aconteça. “O limite quem dá e parceiro. Entre quatro paredes você pode fazer qualquer coisa, desde que isso não seja uma coisa que vá lesionar o outro ou causar trauma”, reforça.

– Falta de diálogo

Reforçando o valor da conversa entre os parceiros, Ivone afirma que isso é determinante para que as atividades sexuais ocorram de forma benéfica. “É como o mapa da mina: você dá um passo aqui, outro ali, um para direita, um para esquerda e você vai chegar no ouro. O corpo é a mesma coisa. Às vezes a própria pessoa consegue saber e outras ela vai ter que experimentar. Ainda assim, a conversa e importante para que haja a permissão”, comenta Ivone.

– Consumo excessivo de bebidas alcoólicas
O perigo na relação entre o sexo e bebidas alcoólicas está em apenas uma coisa: a dose. Para Ivone, beber algo para se soltar quando a pessoa está muito tímida e fechada é benéfico, mas exagerar na dosagem pode ser ruim. “O homem perde a ereção (claro que há exceções) e as mulheres perdem o desejo. Então, termina que ambos têm problemas de chegar ao orgasmo. Se for usar alguma bebida, que seja em uma quantidade tranquila para que não atrapalhe”, recomenda a especialista.

Fontes:
Ivone Nascimento – Médica ginecologista e sexóloga – CRM 10004
Magali Tourinho – Especialista em Medicina Social com enfoque em Saúde da Família e Orientadora Sexual – COREN 73612

*Sob supervisão da repórter Lívia Oliveira

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