Covid-19: mulher agredida e expulsa de ônibus é vítima da “pandemia da droga”, diz mãe

REGIÃO METROPOLITANA

Imagens de uma mulher sendo expulsa de um coletivo sob agressões, nesta quarta-feira, 6, ganharam ampla repercussão nas redes sociais e noticiários. Os vídeos registrados por passageiros mostram a jovem Cíntia Santos Santos, 27 anos, sendo retirada à força por homens de um ônibus (Pirajá-Mata Escura) em Salvador.

As cenas que viralizaram em aplicativos de mensagens mostraram uma discussão entre Cíntia e os demais passageiros, provocada supostamente por ela tossir e não usar máscara. O temor pelo contágio do novo coronavírus teria sido a alegação para expulsar a jovem a pontapés.

As imagens só não mostraram o drama pessoal da mulher agredida, que é usuária de crack desde a adolescência. Realidade conhecida pela família de Cíntia, que se revoltou ao ver a sessão de empurrões e chutes.

“Minha filha desde 14 anos que ela vive sofrendo com a pandemia da droga, ela não está com o vírus dessa doença (Covid-19), ela está com o vírus da pandemia da droga, ela é usuária de crack”, disse a mãe da jovem, de prenome Amantina, de 47 anos, à Rádio Sociedade, na manhã desta quinta-feira, 7.

Indignada, a mulher criticou quem julgou e agrediu a filha. “Será que ali não tinha uma mãe, não tinha um pai, para dizer: bote ela pra fora, mas não precisa bater”. A mãe de Cíntia apela por ajuda e internamento da filha. A jovem tem um filho de 12 anos de idade e uma menina de 8.

adm

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *