O governador da Bahia, Rui Costa (PT), criticou neste domingo (5) a declaração do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que não quer outros países conseguindo máscaras durante a crise do novo coronavírus. Os equipamentos de proteção estão em escassez no mercado internacional devido à pandemia.
“Lamentáveis as declarações de Trump. O mundo precisa de respiradores e outros insumos nesta guerra contra o coronavírus. Deixa o capitalismo selvagem de lado e seja solidário. Na Bahia e no Nordeste, vamos continuar trabalhando incansavelmente e buscando alternativas no mercado”, escreveu o governador em sua conta no Twitter.
Lamentáveis as declarações de Trump. O mundo precisa de respiradores e outros insumos nesta guerra contra o coronavírus. Deixa o capitalismo selvagem de lado e seja solidário. Na Bahia e no Nordeste, vamos continuar trabalhando incansavelmente e buscando alternativas no mercado.
Na última semana, uma carga de respiradores artificiais adquirida por governadores do Nordeste foi barrada em Miami. A embaixada norte-americana negou.
Países mundo afora, por sua vez, acusam os EUA de “roubar” contratos ao oferecer valores mais altos pelos produtos médicos.
Em entrevista coletiva no sábado (4), o mandatário norte-americano afirmou: “Precisamos das máscaras. Não queremos outros conseguindo às máscaras. É por isso que estamos acionando várias vezes a lei de produção de defesa. Você pode até chamar de retaliações porque é isso mesmo. É uma retaliação. Se as empresas não derem o que precisamos para o nosso povo, nós seremos muito duros”.
O Ato de Produção de Defesa é uma lei criada em 1950. Quando acionada, permite que o governo norte-americano redirecione a capacidade industrial do país para itens considerados estratégicos. Trump invocou o ato em 18 de março.
Trump também disse que o “momento mais difícil” para os EUA será nas próximas semanas e que “haverá mais morte, infelizmente. Mas em menor quantidade”.
O país também tem o maior número de mortes do continente americano: 8.802. No panorama mundial, apenas Itália e Espanha registraram mais óbitos por Covid-19: 15.395 e 11.947, respectivamente.