Que sexo é bom quase todo mundo sabe. No entanto, além de prazerosa, a atividade também pode ter efeitos positivos para o corpo e a mente. De acordo com a terapeuta transpessoal e especialista em sexualidade humana, Antonieta Mazon, fazer sexo garante bem-estar e oferece diversos benefícios, como melhora do sono e da aparência, combate ao estresse, diminuição da fome e até proteção contra gripes.
“Durante a atividade sexual, um grande potencial de energia é acionado, gerando uma descarga energética capaz de relaxar e diminuir a ansiedade. O ato libera hormônios que promovem sensações prazerosas, podendo gerar expressões faciais e corporais que traduzem estados de felicidade e alegria. Os cabelos ficam, em geral, um pouco mais volumosos. É por isso que quando estão excitados ou depois que fazem sexo, os parceiros costumam apresentar aspecto mais saudável e vivaz, contribuindo para que ambos se sintam mais belos e atraentes”, esclarece Antonieta.
Há pesquisas em andamento que relacionam a maior frequência sexual à redução de infartos, à diminuição de derrames e à menor incidência de câncer de próstata. O sexo também pode diminuir a fome, pois durante o ato ocorre a liberação de um tipo de anfetamina que regula o apetite.
“Os benefícios não param por aí. Quando somos estimulados pela dose adequada de atividade sexual, o sistema imunológico pode funcionar melhor e proteger o organismo de forma mais eficaz contra gripes e resfriados. Existem, também, indicativos de que a cicatrização é mais rápida para quem pratica sexo regularmente”, informa a especialista.
Durante a excitação, a mulher produz o estrogênio e o homem, a testosterona, hormônios que preparam os parceiros para o ato sexual. Diante desta inundação de substâncias químicas, a circulação sanguínea aumenta, o coração acelera, os pêlos eriçam, a pele enrubesce e a região genital se dilata, devido à grande concentração de sangue.
Nessa hora, outra substância começa a ser liberada no organismo: a endorfina, responsável pela sensação de prazer e satisfação. A liberação máxima desta substância ocorre durante o orgasmo, momento no qual todas as células nervosas do cérebro “descarregam” seu conteúdo bioquímico no corpo, promovendo um estado de relaxamento físico total.
“Este prazer gerado na atividade sexual é também fundamental para o bem-estar psíquico, pois é capaz de aliviar tensões, combater o estresse, aumentar a autoestima, o ânimo e o bom humor. O sexo deixa os amantes num estado de felicidade consigo mesmo e com os outros, promovendo um relaxamento e uma sensação fantasticamente prazerosa”, comemora a terapeuta.
Uma vida sexual ativa também pode aumentar a longevidade. O sexo aumenta a expectativa de vida das pessoas na medida em que oferece benefícios à saúde e promove a tonificação de vários músculos do corpo humano, como pélvis, abdômen, braços e pernas.
“Durante a relação sexual, há uma diminuição da pressão sanguínea corporal e um aumento da circulação, combatendo assim o mau colesterol. Deste modo, pessoas que praticam sexo mais frequentemente têm, como dito anteriormente, menos chances de sofrer um infarto ou um derrame. A atividade ainda traz relaxamento, combate o estresse da vida moderna e, consequentemente, promove melhor qualidade da saúde integral. Isso tudo aumenta a expectativa de vida da pessoa”, conclui a terapeuta.
No entanto, é importante derrubar o mito de que a frequência das relações sexuais é um dado importante para uma boa saúde sexual. A especialista defende que a quantidade de sexo depende exclusivamente do desejo do casal. Segundo ela, quando há um descompasso entre o desejo de ambos, é preciso investir no diálogo, para que todos fiquem felizes e satisfeitos.