O Facebook admitiu que, mesmo com a função de localização desligada, os usuários continuam tendo sua geolocalização monitorada pela plataforma. A medida, diz a empresa, ocorre por razões de segurança mas também com objetivos publicitários.
“Inclusive sem a ativação dos serviços de localização, o Facebook ainda pode saber onde o usuário está com base em informações que ele e outros fornecem através de suas atividades e conexões com nossos serviços”, revela a rede social em carta datada do dia 12 de dezembro e enviada ao senador democrata Chris Coons e ao republicano Josh Hawley, do Congresso dos Estados Unidos.
O documento foi divulgado na terça-feira (18) no perfil Twitter de uma repórter do jornal americano The Hill. Hawley retuitou a publicação da jornalista e escreveu: “Facebook admite. Você apaga os serviços de localização mas eles sabem onde você está para ganhar dinheiro”.
“Não há como escapar. Não há controle sobre sua informação pessoal. Isto é a Grande Tecnologia. É por este motivo que o Congresso precisa agir.” Os senadores fizeram um requerimento sobre práticas de localização do Facebook em uma carta de 19 de novembro.
O Facebook obtém dados pessoais de todos os tipos sobre seus mais de 2 bilhões de usuários frequentes em ao menos uma das plataformas do grupo: Instagram, Messenger, WhatsApp ou Facebook. Estes dados são a base do seu modelo econômico, que se sustenta com o faturamento em publicidade ultrassegmentada em grande escala. As informações da Folha de S.Paulo.