O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), afirmou nesta quinta-feira (14) que a capital fluminense é tão segura quanto Paris, Nova York e Madri, durante o lançamento do Segurança Presente em Caxias, na Baixada Fluminense.
“Se nós olharmos para o resto do mundo, nós estamos no mesmo patamar de Nova York, de Paris e de Madri”, declarou o governador.
Conforme Witzel, atualmente há uma taxa de 16 mortes por 100 mil habitantes na cidade, mas esse número já chegou a 35.
Em Nova York, de acordo com a polícia local, registrou 3,31 homicídios para cada 100 mil habitantes no ano passado.
Em Paris, o índice foi ainda menor no mesmo período: 1,4 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Em sua fala, Witzel disse também que as áreas turísticas no Rio não sofrem tanto com a criminalidade. “Nas áreas turísticas do estado não acontecem tiroteios, eles acontecem nas comunidades. Acontecem [nas áreas turísticas] furtos, não tiroteios. Tivemos dois turistas que sofreram violência nos últimos dez meses. O que estamos fazendo para estimular o turismo é mostrar que Pão de Açúcar, Corcovado, Petrópolis, estão protegidos, não fazem parte dessa realidade [de tiroteios]”, afirmou.
Em menos de 24 horas, uma criança de 5 anos e um gari foram mortos por balas perdidas na cidade, segundo o G1.
Ao comentar em redes sociais a morte da menina Ketellen, em Vicente de Carvalho, o chefe do Executivo fluminense criticou o governo federal, ao apontar a entrada de armas e drogas como responsável por alimentar a “guerra insana que existe nos estados”.
“É preciso que o governo federal tenha uma visão estratégica e não continue sucateando a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal”, disse.
Também nas redes sociais, o ministro da Justiça, Sergio Moro, rebateu as declarações. “O governo federal tem combatido duramente o tráfico de drogas e de armas. Não é correto comparar as apreensões dos primeiros cinco meses de 2019 com o total apreendido nos anos anteriores, como faz o governador do Rio de Janeiro ao buscar transferir a responsabilidade dos crimes no estado ao governo federal”, escreveu.