Mulher morta pela irmã de 13 anos implorou para não morrer, diz adolescente que participou de carnificina

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O adolescente de 15 anos que ajudou uma amiga de 13 a assassinar o sobrinho, a irmã grávida e arrancar um bebê do útero dela alegou que tentou impedir o crime, mas foi ameaçado. “Eu peguei o neném e corri”, revelou em depoimento prestado à Polícia Civil. O jovem entregou ainda a participação duas mulheres e três homens, ainda não identificados, nas execuções.

O caso ocorreu na sexta-feira (18/10) em Porto Velho. O corpo da criança de sete anos foi encontrado boiando em um lago no domingo (20/10). Já o corpo da gestante foi localizado na segunda (21/10) em uma cova rasa a pouco metros do local onde o menino foi achado. A menina contou que foi violentada pelo cunhado dentro de casa e que a irmã não fez nada. Isso teria sido o motivo da carnificina.

A suspeita declarou que não “aguentava mais” e informou que cometeria o homicídio, mas teria sido repreendida pela mãe do adolescente que teria ajudado na ação. “Minha mãe não teve nada a ver com isso. Ela falou pra minha amiga parar com essas coisas [caso contrário] chamaria a mãe dela. E ela disse `não vou fazer nada não´. Depois, me chamou e eu disse ‘não’, mas ela [garantiu] que só daria um susto na irmã”, sustentou.

A Polícia Civil dá outra versão para o caso. A delegada responsável pelo inquérito, Leisaloma Carvalho, entende que a mãe do jovem encomendou o bebê de Fabiana Pires Santana para sustentar uma falsa gestação.

Ainda de acordo com o adolescente, a suspeita iniciou as agressões desferindo golpes contra Fabiana enquanto a vítima estava no celular. “Por favor não faz isso! Eu sou sua irmã. Não vou contar para ninguém”, dizia a gestante enquanto era agredida. “Você acabou com a minha vida. Não tem mais volta!”, teria gritado a assassina enquanto esfaqueava a gestante.

O bebê foi tirado do útero enquanto Fabiana ainda estava viva, lembrou o jovem. Segundo o rapaz, a suspeita ameaçou as testemunhas dizendo que, caso alguém contasse, morreria também. O sobrinho de sete anos, Guilherme Henrique, tentou correr, mas foi alcançado e enforcado pela tia. “Após a criança desmaiar ela chutou o corpo dele no rio e jogou pedras para ele afundar”.

O recém-nascido, pesando 1,8 quilo, segue internado no Hospital Base e não corre risco de morte.

adm

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